EUA: Acampamentos pró-Palestina se espalham por 40 campi e somam presos
Estudantes, de maioria pacífica, exigem cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde mais de 34 mil palestinos foram mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro
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Ao menos 40 campi universitários seguiram os passos da Universidade Columbia e instalaram acampamentos pró-Palestina ao longo deste mês, como forma de protesto contra a guerra entre o grupo palestino radical Hamas e Israel. A estimativa foi divulgada nesta sexta-feira, 26, pela emissora americana NBC. Os estudantes, de maioria pacífica, exigem um cessar-fogo e o fim da morte de civis na Faixa de Gaza, onde mais de 34 mil palestinos foram mortos desde o in&iacu꧂te;cio do conflito, em 7 de outubro.
Na véspera, Noëlle McAfee, presidente do Departamento de Filosofia da Universidade Emory, na Geórgia, foi levada sob custódia. Por lá, os policiais invadiram os acampamentos, usando balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Ela disse ter visto um jovem ser “violentamente agredido” pelos agentes, exigiu que parassem com os golpes e foi presa depois de ter se recusado a se afastar. McAfee não foi a única, no entanto. A professora de Economia Caroline Fohlin foi arrastada, algemada e detida por supostamente ter questionado a prisão de um estudante. A noite de quinta-feira também foi caótica para centenas de alunos da Ohio State University, em Columbus. Eles foram acusados de invasão criminosa por terem se recusado a abandonar o protesto. O Estudantes pela Justiça na Palestina, um grupo da instituição, já haviam alertado para o alto risco de prisão — o que provou ser verdade, uma vez que 30 foram levados em vans da polícia, de acordo com o jornal universitário Lantern. Poucos dias antes, duas pessoas também foram presam no campus.